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OCUPAÇÃO LEONARDO CISNEIROS

Entre 24 e 26 de março de 2023, o Ateliervivo coordenou uma ação de Design-Build como parte das atividades da Conexão Rec-Ant, intercâmbio celebrado entre a Universidade Católica de Pernambuco ICAM-TECH (@arquiteturaunicap ) e a Universidade da Antuérpia (@uantwerpen ).


A ação, que contou com estudantes das duas universidades, ocorreu na Ocupação Leonardo Cisneiros, organizada pelo Movimento de Resistência e Luta pelo Teto (@mlrtpernambuco) há cerca de dois anos. O edifício ocupado, o Segada Vianna, está localizado no Bairro de Santo Antônio, centro do Recife, e conta com cerca de 64 famílias desalojadas em razão das chuvas do primeiro semestre de 2021 e também da pandemia.

A missão dos três dias foi dar vida ao espaço cívico da ocupação - local de reuniões, trocas e organização do movimento e que se encontrava desprovido de qualquer elemento que permitisse o encontro. Com essa demanda, o grupo construiu uma cozinha coletiva móvel e bipartida (com módulo de cozimento e módulo de lavagem independentes) e os respectivos mobiliários de permanência com cinco bancos (incluindo um para crianças) e uma mesa. A partir da ação, a ocupação passou a ter seu espaço cívico avivado e com condições de receber e alimentar um grupo maior de pessoas.

Equipe

Lula Marcondes, Natan Nigro (facilitadores do Ateliervivo), colaboração do arquiteto Diego Bis, das arquitetas Juliana Hermsdorf  e Maria Magdala e assistência de produção. de Gean Matias.

Estudantes

Brasileiros (UNICAP): Amanda Padilha, Iara de Menezes, Gabriel Moura, Maria Cecília Cabral, Maria Luiza Braz, Marília Porto e Vinícius Almeida.

Belgas (Universidade da Antuérpia): Dries Linthout, Jeffrey Ray, Lana Creve, Luka Adinda,, Mika Krouwel,Tine Vande Capelle, Valérie Annie Aloïs Ruts e Xavier Houard.

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Realização

Ateliervivo e O Norte - Oficina de Criação, abril de 2023

Apoio:

Unicap ICAMTECH e Universidade da Antuérpia

OCUPAÇÃO
Pavilhão bambu

PAVILHÃO EXPERIMENTAL EM BAMBU

Projeto e construção de uma escultura torcida (24,0 x 4m) fabricada em bambu e orientada pelo Ateliervivo (Michael Phillips) com o artista Shaun Banner e professores e alunos da Curtin University, Austrália Ocidental.

O objetivo foi explorar as qualidades e possibilidades de construção com bambu, uma planta de crescimento rápido e com grande potencial e aplicações sustentáveis, principalmente pela possibilidade de ser usada sem processamento industrial. O material possibilita formas flexíveis e orgânicas, resistência à compressão e torção, sendo implementado em construções, estruturas de coberturas e mobiliários. Com tantas possibilidades de aplicação, gostaríamos de explorar o que mais poderia ser criado.

A construção de um estrutura torcida com um vão livre trouxe uma série de desafios para a equipe, como avaliação estrutural por parte dos engenheiros da equipe e estudo e experimentação dos detalhes de montagem e desmontagem rápidas. A forma não convencional exigiu intuição sobre as soluções pensadas.

O pavilhão foi construído no campus da Universidade de Curtin como parte da Indian Ocean Craft Triennial em outubro de 2021. Apóis  um mês de exposição foi desmontado, transportado e remontado para fazer parte da Fremantle Bienal.

Equipe

Michael Phillips (facilitador do Ateliervivo),com colaboração do artista Shaun Banner, ambos professores da Curtin University, Austrália.

Estudantes

Alunos da Curtin University, Austrália.

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Realização

Ateliervivo, 2020

Pavilhão 2k

PAVILHÃO 2K

Uma forma de estudar e entender a arquitetura de um lugar é através do custo de sua construção. O Pavilhão 2K é um pequeno abrigo coberto pensado para espaços públicos do Recife e região metropolitana que se propõe a ser construído a um custo de até R$2.000,00.

 

Enquanto podemos observar e nos inspirar em propostas de pavilhões com forte apelo estéticos e de tendência na arquitetura, buscamos explorar como elemento condutor o custo e a disponibilidade de materiais para sua construção. Materiais como rodas de veículos, que perdem seu sem valor após o uso em muitos países, têm forte apelo popular em sua aplicação para usos não convencionais como churrasqueiras e mobiliários urbanos.

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O processo de prototipagem também envolve alcançar um equilíbrio entre uma forma universal e o contexto local. Capacidades como flexibilidade, criatividade e simplicidade na solução espacial e aplicação dos materiais nos aproxima da realidade local e da arquitetura popular, como definida por Gunter Weimer (2005, Arquitetura Popular brasileira), a arquitetura feita pelos não-arquitetos.

 

Os dois primeiros protótipos foram construídos em dois workshops, o primeiro em quatro dias e o segundo em um fim de semana, no quintal do O Norte - Oficina de Criação. A estrutura foi erguida sobre uma base em rodas de carro, piso em perfil metálico barrotes e tábuas de madeira com pilares em perfil quadrado de metal e coberta com barrotes de pinus sob telhas onduladas de plástico reciclado.

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Para os estudantes, na sua maioria de arquitetura, uma das descobertas na construção em escala real do protótipo foi entender como é possível inovar experimentando materiais simples e pouco usuais na construção e explorar o potencial da arquitetura com simplicidade e objetividade, aprofundando a compreensão dos limites que são impostos pelo mercado da construção subvertendo sua lógica material e econômica.